Pesquisas Monográficas

ALINE FONSECA CARVALHO. 2003. “A IMPRENSA ESCRITA E O DIA DE TIRADENTES DE 1950 A 2002.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/ UFOP, Pp. 0-130.Abstract

Este é um estudo da comemoração, do dia 21 de abril, realizada em Ouro Preto de 1950 a 2002, a partir das leituras das notícias veiculadas, nos jornais O Estado de Minas (estadual) e O Liberal (da região de Ouro Preto). Analisando o discurso jornalístico e as publicações dos discursos proferidos por personalidades convidadas para serem oradores, foram identificados esforços para implantar no inconsciente coletivo ideologias legitimadoras de ações políticas que se apresentam, principalmente, nas mudanças de governo e o reforço dado ao mito de Tiradentes.

CAMILA GARCIA FERNANDES MACHADO. 2003. “MULHERES EM PROCESSO: AUTONOMIA FEMININA E SISTEMA JUDICIAL. MARIANA, SÉCULO XVIII..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/ UFOP, Pp. 0-65.Abstract

Esta monografia de bacharelado tem por objetivo contestar o estereótipo relativo às mulheres setecentista, comum a inúmeros autores, que as designam como social e economicamente inativas. Procuramos demonstrar que, apesar de inseridas em uma sociedade de mentalidade patriarcal, algumas mulheres conseguiram alcançar, por meio do sistema judicial, um espaço de autonomia, criando possibilidades e oportunidades de restrição do poder patriarcal.

Carlos Roberto da Silva. 2003. “O Distrito Diamantino e o contrabando de diamantes durante o período dos Contratos 1740/1771”.Abstract

Monografia de Bacharelado em História Colonial Brasileira que, tendo o contrabando de diamantes como elemento central de análise, apresenta aspectos da sociedade que se desenvolveu no Distrito Diamantino durante o período de 1740 a 1771. O trabalho ora apresentado revela uma série de fatores que o comércio ilegal de pedras preciosas ocasionou, gerando uma sociedade bastante distinta daquelas apresentadas em outras partes da colônia. Partindo de diversas ações empreendidas pela Coroa, na tentativa de controlar ao máximo a área demarcada para a exploração dos diamantes e os indivíduos que ali habitavam, a pesquisa revela, de maneira inédita, uma rede de contrabandistas, formada por elementos de todos os níveis sociais, desde escravos a administradores, o que nos faz questionar, sobretudo, a relação entre o indivíduo e o Estado e mais, o tradicional Pacto que unia a Colônia à Metrópole.

CÍNTYA ALESSANDRA MIRANDA PEREIRA. 2003. “PROFISSÃO PROFESSOR QUAIS AS EXPECTATIVAS DOS LICENCIANDOS PARA A PROFISSÃO DOCENTE?”.Abstract

Este estudo busca apontar quais as expectativas dos licenciandos quanto à futura profissão e os motivos que ainda levam à procura dos cursos de licenciatura, apesar do desprestígio e dificuldades da profissão docente.

O estudo traz um histórico da educação no Brasil, assim como do ensino superior e das licenciaturas. Traz ainda o perfil do professor nos dias atuais. Através de um questionário distribuído a um percentual dos alunos de todos os períodos (oito, no total) mostra opiniões e sugestões dos alunos sobre o curso de História/UFOP.


As análises e interpretações dos questionários revelaram que a maioria pretende fazer uma pós-graduação e trabalhar na área do curso. A maioria tinha afinidade com a matéria, história, na escola básica, mas não foi a pretensão de ser professor que os levou a fazer o curso.

Douglas Biagio Puglia. 2003. “O Militarismo Como Projeto de Estado.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/ UFOP.Abstract

Monografia de bacharelado sobre História Política do Brasil que analisa a constituição do Estado Militar logo após o golpe de 1964, procurando delimitar as ações governamentais e mudanças no modo de fazer política que aconteceram com a chegada dos militares ao poder. O presente trabalho busca analisar como seria a constituição desta forma de governar, pensando os militares como um grupo social específico, com suas peculiaridades e tradições próprias e que tais tradições e costumes influiriam na forma de governar e nas medidas políticas.

ELODIA HONSE LEBOURG. 2003. “ALÉM DO MEDO TENSÕES ANTIFISCAIS EM MINAS GERAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII”.Abstract

Monografia de Bacharelado em História Social do Brasil que analisa a relação entre Metrópole portuguesa e sua Colónia em um contexto de diversos motins antifiscais na Capitania de Minas Gerais, durante os primeiros cinquenta anos do século XVIII, partindo do princípio de que, mesmo amotinados, os colonos permaneciam leais à Coroa Portuguesa, acreditando ser justo o pagamento de tributos e sem terem a intenção de pretenderem independência.

EMANUELLE DUARTE JUNGER. 2003. “REGISTROS DE ALFORRIAS NA VILA DE NOSSA SENHORA DO CARMO (1716-1722).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/ UFOP, Pp. 0-60.Abstract

Monografia de Bacharelado em História Social que analisa o comportamento das principais variáveis intervenientes no processo de alforria - sexo, origem, condicionalidade, etc - na Vila de Nossa Senhora do Carmo no período de 1716-1722.

José Gaspar Bisco Júnior. 2003. “México Insurgente: Da Revolução Mexicana ao surgimento do EZLN”.Abstract

Monografia de bacharelado sobre o movimento revolucionário do EZLN que analisa o surgimento do Exército, de sua compreensão como forma popular de atuação e uso da figura do mito de Zapata, procurando delimitar as ações do movimento e as mudanças no modo de atuação do grupo a partir do momento de seu surgimento para a comunidade mundial. O presente trabalho tenta estabelecer uma relação entre os revolucionários de 1910 e os atuais, procurando esclarecer a presença do nome de Emiliano Zapata no movimento.

SANDRA ANTONIA MARTA SABINA. 2003. “FESTEJOS NATALINOS Início do calendário litúrgico (Mariana, 1945-1990)”.Abstract

Este trabalho tem por objetivo analisar os festejos natalinos, em sua própria singularidaderituais, procurando desvendar sua história e significados constituídos ao longo do tempo. Duas questões tomaram eixos deste estudo. Por um lado, deseja-se investigar comocalendário litúrgico influencia a vida das pessoas em sociedade, seus comportamentos, dita regras e normas. Por outro, quer-se perceber como o movimento denominado "secularização", mudou o comportamento das pessoas e suas experiências religiosas/sociais no século XX, particularmente na segunda metade deste, tomando como base para esta reflexão a cidade de Mariana, no período compreendido entre 1945-1990.

ANDRÉ PEREIRA ROCHA. 2009. “AS QUESTÕES POLÍTICAS DE UM PROCESSO RELIGIOSO: A COMPLEXIDADE DO JULGAMENTO DE JOANA D ́ARC”.Abstract

Este trabalho tem por objetivo delimitar algumas questões acerca do processo inquisitorial de Joana d ́Arc. A captura e o julgamento de Joana atendeu diretamente aos interesses da monarquia inglesa, que necessitava deslegitimar suas ações. A destruição de sua imagem e da validade dos seus feitos tinha por principal objetivoridicularização da coroação do rei francês, Charles VII, que em 1429 foi conduzido a Reims por Joana. Visando obter esse resultado, os ingleses utilizaram-se da Inquisição e do bispado de Rouen como instrumentos para alcançar seus objetivos.

ESTHER ITABORAHY COSTA. 2009. “ANISTIA: A LUTA DOS EX-MILITARES ATRAVÉS DO GEUAR”.Abstract

Esta monografia diz respeito ao estudo da Associação dos Anistiados Políticos Militares da Aeronáutica (GEUAr), a sigla é uma homenagem ao Grêmio Esportivo Unidos do Ar, fundado em 1948 em Lagoa Santa (MG). O GEUAr é uma associação sem fins lucrativos de auxílio à ex-militares da Aeronáutica que supostamente sofreram represálias em função da acusação de terem participado de ações revoltosas nos anos 1960. Em função disso, esses militares foram desligados da corporação e desde 1994 buscam Anistia Política. A memória e as atuações dos atores sociais, mediadas pelo GEUAr, ocupam lugar privilegiado nesta apresentação. Tendo como base empírica entrevistas com os membros do GEUAr, busquei compreender o processo de construção de suas memórias a respeito dos eventos ocorridos no processo de desligamento da Aeronáutica e no rearranjo que passaram suas vidas desde então.

RAFAEL DA SILVA ALVES. 2009. “O MUSEU DA INCONFIDÊNCIA: JOGO DE ESPELHOS ENTRE A HISTORIOGRAFIA E A MUSEOGRAFIA”.Abstract

O Museu da Inconfidência foi criado em 1938, por decreto do então presidente da república
Getúlio Vargas e coordenado pelo antigo SPHAN, com o intuito de reunir objetos e documentos sobre a Inconfidência Mineira e seus protagonistas, além de obras de arte e de
valor histórico. Apoiado em perspectivas nacionalistas, Vargas solicita o repatriamento dos
restos mortais dos participantes do movimento de 1789, mortos no exílio na África, idealizando um monumento em homenagem a eles e que abrigasse seus despojos. Assim o Panteão dos Inconfidentes, monumento repleto de sacralidade e que deu origem ao museu, foi inaugurado em 1942 e o museu em 1944. O objetivo desta pesquisa é analisar o Museu da Inconfidência a partir de certos conceitos, como “museu de cidade”, “museu-histórico”, “museu-memória” e “museu-narrativa”, além de tentar traçar o discurso histórico criado por esta instituição através de sua museografia. Assim, pretende-se estabelecer algumas distinções e aproximações possíveis entre as perspectivas e métodos de análise e transmissão de conhecimento do passado entre a historiografia e a museografia.

WELLINGTON JÚNIO GUIMARÃES DA COSTA. 2009. “A AMBIGUIDADE DA TERRITORIALIDADE NO IMPÉRIO PORTUGUÊS: TERRITÓRIO E IDENTIDADE NO MUNDO LUSO-BRASILEIRO”.Abstract

Este estudo monográfico tem por objetivo fazer alguns apontamentos no que se refere à estreita relação entre território e identidade no contexto do Império português. O tema central discutido é a dupla ambiguidade da territorialidade no império: por um lado, a ausência da territorialidade como fator de expansão e derrocada no oriente; por outro, a territorialidade como fator de posse da América portuguesa e, ao mesmo tempo, como fator que leva ao rompimento político com a metrópole.

PEDRO EDUARDO ANDRADE CARVALHO. 2009. “MINAS DE BABEL: ORTOGRAFIAS E PRÁTICAS SOCIOPOLÍTICAS NA REGIÃO DO TERMO DE MARIANA ENTRE 1813-1853”.Abstract

Este trabalho traz um estudo sobre a relação entra a expansão burocrática no termo de Mariana e a relação daquela com o comportamento ortográfico dos correspondentes da Câmara Municipal. Para tanto, utiliza-se da quantificação das variações à norma ortográfica
em relação ao “Diccionario de língua portugueza: epitome da grammatica portugueza” de Antônio de Morais Silva (1813) comparando-as com a posição hierárquica de escrevente. O
trabalho é balizado pelo ano de publicação do sobredito dicionário e 1853, data da chamada “interiorização da metrópole”. A metodologia utilizada dialoga com outros trabalhos da historiografia tocante ao assunto visando contribuir para a discussão.2 Como resultados apresenta gráficos e tabelas que mostram a valorização da escrita no período. Suas informações são completadas por exemplos encontrados nas fontes a fim de mostrar a gradual elevação da figura do letrado no período em questão.

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