Pesquisas Monográficas

ANDRE OLIVEIRA ZAMBALDI. 2011. “O LÚDICO E O RPG (ROLE PLAYING GAME): PRODUÇÕES E HIPÓTESES PARA UMA ARTICULAÇÃO COM A INTERSUBJETIVIDADE E A ÉTICA”.Abstract

Esta monografia busca fazer um pequeno balanço teórico acerca do conceito de lúdico e do jogo RPG (Role Playing Game) com o intuito de aproximá-lo de discussões relacionadas à intersubjetividade e à ética. Para tanto, analisamos a esfera lúdica no desenvolvimento infantil
em Benjamin, Piaget e Vigotski; o lúdico em suas categorias, conceitos e amplitudes históricas através de Huizinga, Caillois e Agamben; o fenômeno do RPG em Fine, Rodrigues e Rocha; a ética em Kant, Nietzsche, Scheller (através de Wojtyla), Tugendhadt e Da Mata; além do enredamento em histórias, compensação das artes narrativas na modernidade e múltiplas realidades relativas em Schapp, Marquard e Schutz. Chegou-se à conclusão que o RPG representa uma forma de atividade lúdica para além das categorias e reflexões propostas pelos autores. Sua complexidade abrange campos de percepção que extravasam os conceitos de “realidade” e “ficção”, trilhando, dentro da intersubjetividade que lhe é intrínseca, caminhos de encontro direto às noções sobre ética.

PAULO CEZAR MIRANDA NACIF. 2011. “MAIS QUE O SANGUE: O APADRINHAMENTO DE FILHOS NATURAIS NA FREGUESIA DE SANTO ANTÔNIO DA CASA BRANCA DURANTE O SÉCULO XVIII”.Abstract

O batismo, que é considerado o principal sacramento da religião católica, marcaremissão do pecado original e o ingresso do indivíduo na comunidade cristã. A partir deste ritual, eram estabelecidos vínculos espirituais entre os batizados, pais e os padrinhos. O ato do apadrinhamento tinha como consequência a ampliação dos laços familiares para além do sangue, visto que, tratava de reforçar relações sociais preexistentes e/ou de criar novas. A partir do levantamento sistemático dos registros de batismo relativos à freguesia de Santo Antônio da Casa Branca durante o século XVIII, procuraremos traçar um paralelo entrelegitimidade dos batizados e o perfil social de seus padrinhos, procurando melhor compreender as motivações que norteavam a montagem de tais teias relacionais.

OFICÍOS DA LIBERDADE: A CONQUISTA DA ALFORRIA ATRAVÉS DOS OFICÍOS MECÂNICOS, VILA RICA (1770-1810)
THIARA BERNARDO DUTRA. 2011. “OFICÍOS DA LIBERDADE: A CONQUISTA DA ALFORRIA ATRAVÉS DOS OFICÍOS MECÂNICOS, VILA RICA (1770-1810).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP.Abstract

O objetivo dessa pesquisa é de estabelecer o escravo como sujeito histórico ativo dotado de estratégias para a conquista de sua liberdade. Partindo do ponto de que o escravo possuía estratégias para negociar com seu senhor, e este por sua vez reconhecia a importância do cativo. A aprendizagem de um ofício mecânico, nesse sentido, seria uma das estratégias de negociação. O recorte espacial e temporal, respectivamente, Vila Rica entre 1770 a 1810. Serão também evocados aqui os ofícios mecânicos e sua dinâmica no trabalho, a partir de uma revisão da historiografia que trata sobre a questão das alforrias em Minas Gerais, no século XVIII e XIX, e dos ofícios mecânicos em Minas Gerais.

Orientações políticas de uma esquerda moderada: o PCB e o “centralismodemocrático” (1958-1979)
CAMILLA CRISTINA SILVA. 2011. “Orientações políticas de uma esquerda moderada: o PCB e o “centralismodemocrático” (1958-1979).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP.Abstract

Este trabalho buscou desencadear discussões acerca da orientação política adotada pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nas décadas de 60/70. A análise priorizou os debates e crises que culminaram em seu programa político constituído em 1958 e tencionou estabelecer as diferenças na prática partidária. A pesquisa se solidificou a partir do exame crítico da documentação oficial do partido, elaborada por seu Comitê Central. Desta forma, podemos revelar a real orientação teórica dos pecebistas, amparados no “centralismo democrático” e nas práticas de autoritarismo. Tal autoritarismo fora evidenciadoconstrução das linhas políticas partidárias, vista como um movimento pelo alto, ordenado pelos dirigentes nacional. Foram ressaltadas, também, tanto as influências internacionais, quanto a conjuntura nacional como desencadeadoras de processos de modificação e crisesinterior do partido. O ano de 1958 apareceu como precursor de uma nova orientação política que fora edificada devido a mutações nas concepções do comunismo mundial. A linha política adotada a partir daí irá traçar os rumos do partido num dos períodos mais marcanteshistória brasileira contemporânea: a Ditadura Militar. As críticas às posturas seguidas a partir da Declaração de Março de 1958 acusarão o Partido Comunista Brasileiro de inação frentegolpe civil-militar de 1964. Mostraremos que pelo contrário, não fora inação que levarafracasso do partido (e não só dele, de toda a esquerda brasileira) fora a não correspondência da dinâmica interna partidária e suas posturas com a dinâmica da própria sociedade brasileira.

O SERTÃO DO JEQUITINHONHA: Demografia e família nas matas São Miguel do Jequitinhonha (1889-1911)
BRUNO MATEUS PEREIRA DE ANDRADE. 2011. “O SERTÃO DO JEQUITINHONHA: Demografia e família nas matas São Miguel do Jequitinhonha (1889-1911).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP.Abstract

Esta pesquisa busca, primeiramente, de forma geral, compreender a volúvel organização administrativa do Médio Jequitinhonha, em Minas Gerais, ao longo do século XIX até os anos iniciais do XX. Paralelamente, visa atentar-se para as fontes primárias ainda existentes sobre a região, localização, condição de acesso e conservação. A partir daí, através de adaptações dos métodos tradicionalmente utilizados na História demográfica brasileira, o trabalho busca analisar as fontes cartoriais de registros de casamento e óbitos, instaurados após o início do período republicano, em busca de examinar as características populacionais e estratégias familiares dos que se estabeleceram nas proximidades da região, em especial, na área que compreenderia ao município de São Miguel de Jequitinhonha, criado por lei em 1911. Visando obter maiores informações acerca das condições sociais e econômicas que oferecesse sustentação a análise do objeto deste estudo, também foram consultados, além da documentação cartorial, jornais impressos, dados de recenseamentos gerais, relatos oitocentistas de viajantes europeus e bibliografia existente.

CRISTIANISMO E IMAGEM NO IMPÉRIO BIZANTINO, SÉCULOS VIII e IX.
CAROLINE COELHO FERNANDES. 2014. “CRISTIANISMO E IMAGEM NO IMPÉRIO BIZANTINO, SÉCULOS VIII e IX..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP.Abstract

O período iconoclasta (726-843) foi uma luta em torno das imagens religiosas no Oriente Medieval que culminou na destruição das mesmas em prol de uma purificação do cristianismo. Essa batalha de mais de um século teve uma pausa com o restabelecimento do culto das imagens em 787, com o retorno da iconoclastia anos mais tarde, em 815, sendorestabelecimento definitivo do culto das imagens, o chamado “Triunfo da Ortodoxia” somente em 843. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é tentar compreender por que ocorreu no Império Bizantino essa luta em torno das imagens sendo os bizantinos tão ligados ao culto das mesmas, e, também tentar entender o papel da imagem nos contextos político e religioso, pensando na importância dos ícones não somente para os bizantinos, mas também paracultura cristã. Para isso, usaremos das Atas do Patriarcado de Constantinopla e dos escritos teológicos deixados por aqueles que defendiam e por aqueles que rejeitavam as imagens. Assim, é possível perceber o iconoclasmo bizantino enquanto um fenômeno de cunho não somente religioso, mas também político, que partiu de uma iniciativa imperial. Além disso, podemos também perceber as imagens enquanto um mecanismo de poder que atende aos diversos interesses.

A CONDIÇÃO DO NEGRO NA HISTÓRIA DO BRASIL: UMA ANÁLISE SOBRE OS MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E SUA INTERFACE COM ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRODESCEDENTE PÓS PROMULGAÇÃO DA LEI 10.639/03.
JULIA ANTAS DOS SANTOS. 2014. “A CONDIÇÃO DO NEGRO NA HISTÓRIA DO BRASIL: UMA ANÁLISE SOBRE OS MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E SUA INTERFACE COM ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRODESCEDENTE PÓS PROMULGAÇÃO DA LEI 10.639/03..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP.Abstract

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo, investigar sobrerepresentação do Negro nos livros didáticos no tocante a constituição da sociedade brasileira, com base na implementação da Lei 10.639/03. De acordo com o objetivo, se pergunta: quais são os elementos norteadores da cultura negra que estão presentes nos manuais didáticos de História no Ensino Fundamental? Pensando no Ensino da História, como o Livro Didático possibilita a compreensão dos sujeitos sobre a realidade históricacultural do Negro no Brasil? A pesquisa será de cunho qualitativoquantitativo, embasada nos referenciais do Materialismo Histórico Dialético, como eixo central da produção e utilizara algumas Coleções Didáticas para o levantamento das fontes primárias. Tem-se como hipótese que a proposição da Lei, no tocante a utilização do conceito Afro-brasileiro, ainda perpetua discursos ideológicos sobre o lugar do Negro na sociedade brasileira, o que reverbera a desigualdade racial e social no Brasil. Espera-se como esta pesquisa contribuir com a análise crítica sobre: a História do Negro no Brasil; seus desdobramentos ideológicos no tocante a formação da população negra; a proposta emancipadora das relações étnico-raciais no país; a concepção ideológica da educação do negro proposta nos livros didáticos de História.

FELIPE DE MORAES FERREIRA. 2014. “O IMAGINÁRIO MONARQUISTA: A MEMÓRIA DO IMPÉRIO NO INÍCIO DA PRIMEIRA REPÚBLICA (1891-1893)”.Abstract

Com a proclamação da República em 1889, os monarquistas foram destituídos do poder; porém, continuaram atuando e defendendo suas posições no cenário público. Na ótica das novas elites políticas, ficaram conhecidos como os subversivos da República, por serem tomados como uma ameaça à legitimação do poder republicano. Neste período, os homens do Império produziram um imaginário social monarquista, com a criação de diversos símbolos, signos e mitos que legitimavam o seu passadocriticavam o novo regime. A memória do Império constituiria uma estilizaçãocristalização dos costumes, da hierarquia e do modo de viver imperial. Para tanto, analisaremos colunas e reportagens do Jornal do Brasil entre 1891 e 1893, na medida em que tal órgão foi fundado sob orientação monarquista e se notabilizou por criticarentão jovem República brasileira.

INSTRUÇÃO FEMININA E FORMAÇÃO DOCENTE: A ESCOLA NORMAL DO COLÉGIO PROVIDÊNCIA, EM MARIANA – MG (1906 – 1930)
JOSÉ GUSTAVO ALMEIDA DA SILVA. 2014. “INSTRUÇÃO FEMININA E FORMAÇÃO DOCENTE: A ESCOLA NORMAL DO COLÉGIO PROVIDÊNCIA, EM MARIANA – MG (1906 – 1930).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP.Abstract

O presente trabalho se compõe sobre as abordagens de estudos referentes à história das instituições escolares e formação docente, sobretudo a formação do professor e suas respectivas instituições e agências formadoras, tendo como especificidade a formação atribuída à Escola Normal brasileira, no início da República. Tendo como objeto de estudos a Escola Normal do Colégio Providência, em Mariana – MG, buscamos compreender a importância que essa instituição teve para o projeto educacional atribuído à cidade e qual sua relação com as demais escolas normais do país, a partir de sua atuação nas três primeiras décadas do século XX (1906-1930), momento de apogeu da Escola Normal no Brasil. Orientado teórico-metodologicamente a partir da ampla bibliografia referente ao tema e seguindo os pressupostos de uma pesquisa sócio- histórica referente ao plano educacional brasileiro desse período, consideramosorganização de um projeto para a História da Educação que parte de uma concepção mais extensa (nacional, estadual) e chega-se ao âmbito particular (regional, municipal, institucional). Partindo da literatura sobre o tema e dos poucos documentos aos quais tivemos acesso no interior do Colégio, orientamos os estudos a partir da primeira reforma educacional mineira no século XX (Reforma João Pinheiro), buscamos conferir a identidade presente no curso normal do Colégio Providência e sua instituição, bem como de suas alunas e professoras, dando maior ênfase à formação de professora como formação da mulher para a vivência e atuação na sociedade republicana.

A CONDIÇÃO DO NEGRO NA HISTÓRIA DO BRASIL: UMA ANÁLISE SOBRE OS MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E SUA INTERFACE COM ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRODESCEDENTE PÓS PROMULGAÇÃO DA LEI 10.639/03.
JULIA ANTAS DOS SANTOS. 2014. “A CONDIÇÃO DO NEGRO NA HISTÓRIA DO BRASIL: UMA ANÁLISE SOBRE OS MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E SUA INTERFACE COM ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRODESCEDENTE PÓS PROMULGAÇÃO DA LEI 10.639/03..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-77.Abstract

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo, investigar sobre a representação do Negro nos livros didáticos no tocante a constituição da sociedade brasileira, com base na implementação da Lei 10.639/03. De acordo com o objetivo, se pergunta: quais são os elementos norteadores da cultura negra que estão presentes nos manuais didáticos de História no Ensino Fundamental? Pensando no Ensino da História, como o Livro Didático possibilita a compreensão dos sujeitos sobre a realidade histórica e cultural do Negro no Brasil? A pesquisa será de cunho qualitativo e quantitativo, embasada nos referenciais do Materialismo Histórico Dialético, como eixo central da produção e utilizara algumas Coleções Didáticas para o levantamento das fontes primárias. Tem-se como hipótese que a proposição da Lei, no tocante a utilização do conceito Afro-brasileiro, ainda perpetua discursos ideológicos sobre o lugar do Negro na sociedade brasileira, o que reverbera a desigualdade racial e social no Brasil. Espera-se como esta pesquisa contribuir com a análise crítica sobre: a História do Negro no Brasil; seus desdobramentos ideológicos no tocante a formação da população negra; a proposta emancipadora das relações étnico-raciais no país; a concepção ideológica da educação do negro proposta nos livros didáticos de História.

NARRATIVA E MEMÓRIA LIBERAL NO REINADO DE D.MIGUEL I (1828-1834) As Memórias históricas de Joaquim da Silva Maia e o Processo Político de Jerônimo de Vasconcelos na Resistência ao Absolutismo em Portugal
WALQUIRIA DE REZENDE TOFANELLI ALVES. 2014. “NARRATIVA E MEMÓRIA LIBERAL NO REINADO DE D.MIGUEL I (1828-1834) As Memórias históricas de Joaquim da Silva Maia e o Processo Político de Jerônimo de Vasconcelos na Resistência ao Absolutismo em Portugal.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-46.Abstract

O reinado de D. Miguel I (1828-1834) visava restaurar uma sociedade de Antigo Regime dentro do modelo absolutista. Alguns autores destacam que durante seu reinado muitas prisões foram realizadas contra os que se opuseram à política vigente. Tendo em vista a repressão deste governo contra os liberais, estes últimos discordavam da suspensão da Constituição outorgada, em 1826 e reivindicavam o trono português em favor de D. Pedro IV e sua filha D. Maria II. Dessa maneira, foi iniciada na cidade do Porto, em maio de 1828, a Revolução de motivação liberal cuja finalidade era a de reestabelecer o constitucionalismo no país. Nesse movimento de resistência, vários dos regimentos de militares e demais setores da sociedade se envolveram na luta contrapolítica absolutista de D. Miguel I. Joaquim José da Silva Maia escreveu a partir de suas experiências na revolução, as “Memórias históricas, políticas e filosóficas da Revolução do Porto, em 1828” a fim de defender os constitucionais, por meio do registro de sua vivência, se dedicando também em descrever a difícil travessia dos emigrados, depois de contida a Revolução. Foi também por conta deste evento que Jerônimo de Vasconcelos foi preso, processado e acusado de crime político contra o rei por aceitar emprego na Junta “Rebelde” do Porto, onde aparece acusado de liderar as tropas ligeiras na cidade de Coimbra. Nossa investigação se centra não apenas no episódio do Porto, de 1828, mas especialmente na investigação documental apresentada, considerando a narrativa liberal e o processo político, na resistência ao absolutismo de D. Miguel.

Gênero, Mulher e Viuvez: As Mulheres nas Minas Gerais (1760-1840)
Deisiane Pereira Carlos. 2014. “Gênero, Mulher e Viuvez: As Mulheres nas Minas Gerais (1760-1840).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-31.Abstract

Este trabalho tem como objetivo discutir a organização e a forma como essas mulheres escreveram sua história nas Minas Gerais. Buscamos aqui traçar de forma sintetizada, um quadro geral do que essas mulheres vivenciaram, do núcleo à frente do comando de seus lares, até casos onde identificamos mulheres que gerenciaram os negócios de suas famílias. Visamos quebrar os estigmas referentes à situação feminina dos séculos XVIII e XIX, ondeimagem predominante eram das mulheres relegadas as atividades domésticas e as obrigações familiares. Apoiados por trabalhos pioneiros que se encontram aqui referenciados, discorreremos sobre a condição dessas mulheres perante a sociedade, na tentativa de conceituar a vida delas nesse período, quebrando esses estigmas. Além de uma bibliografia pautada para a escrita do trabalho, contamos com uma documentação, que constitui tema para a minha dissertação de mestrado, o estudo de caso de uma viúva, que irá nos ajudar a compor o nosso texto. A documentação analisada é formada por correspondências pessoais, recibos de compra e venda, testamentos, inventários, entre outros, o que permitiu vislumbrar aspectos das relações comerciais da viúva. Procuramos ainda realizar uma abordagem geral, traçando o perfil das mulheres que viveram nas Minas entre os séculos XVIII e XIX.

TORTURA: UMA VISÃO ATRAVÉS DO SEMANÁRIO MOVIMENTO (1978-1979)
AMANDA QUEIROZ MAGALHÃES. 2014. “TORTURA: UMA VISÃO ATRAVÉS DO SEMANÁRIO MOVIMENTO (1978-1979).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-56.Abstract

Esta monografia analisa, a partir da imprensa periódica de caráter alternativo da qual o jornal Movimento faz parte, as maneiras pelas quais esse jornal atuou na oposição ao regime militar,
principalmente no aspecto referente à divulgação de reportagens que tratavam da torturaprocedimento que se tornou uma “política de estado” no período da ditadura militar no Brasil. Assim, vislumbrando o jornal Movimento como um espaço de debate, reflexão e denúncia onde, torturadores eram expostos e a prática da tortura era questionada, a proposta é investigar a partir das edições do periódico publicadas nos anos de 1978 e 1979, como o posicionamento e a estratégia jornalística de Movimento refletiram no processo de transição política do país.

A MADRASTA GRÃ-BRETANHA: AS RELAÇÕES ANGLO-LUSAS E ANGLO-BRASILEIRAS NA CRISE DO ANTIGO REGIME PORTUGUÊS E NA FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL BRASILEIRO (1796-1850)
PEDRO HENRIQUE DE MELLO RABELO. 2014. “A MADRASTA GRÃ-BRETANHA: AS RELAÇÕES ANGLO-LUSAS E ANGLO-BRASILEIRAS NA CRISE DO ANTIGO REGIME PORTUGUÊS E NA FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL BRASILEIRO (1796-1850).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-39.Abstract

Este ensaio aborda questões que relativizam a ideia de que as relações anglo-lusasanglo-brasileiras foram marcadas por um total desequilíbrio na balança dos interesses político-econômicos a favor da Grã-Bretanha. Evidencia a existência de interesses político- econômicos de portugueses e brasileiros durante o processo de resistência à aceitação das pressões britânicas a favor da abolição do tráfico internacional de escravos. Tenta explicar as
diferenças existentes no desenvolvimento das relações anglo-lusas e anglo-brasileiras com caracterização das conjunturas de crise do Antigo Regime português e de formação do Estado Nacional brasileiro, nas quais tais diferenças estavam inseridas.

A experiência da história nos artigos de Torres Homem da revista Niterói
Vinícius de Souza. 2014. “A experiência da história nos artigos de Torres Homem da revista Niterói.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-33.Abstract

O trabalho é uma investigação acerca da experiência da história passível de ser apreendida
nos artigos que Francisco de Sales Torres Homem, político e publicista do Brasil Imperial, publicou na revista Niterói, em 1836. São apresentados dados contextuais pertinentes ao propósito da pesquisa e como Torres Homem se insere, enquanto romântico da ilha de letrados, na conjuntura do processo de constituição da consciência nacional brasileira, que só se consolida no decênio de 1840 a 1850. Nesse sentido, é exposto como a primeira geração romântica do Brasil, da qual Torres Homem fez parte, é representativa da ambiência que se edifica na década de 1830, quando passa a se afigurar a necessidade de um redimensionamento conceitual que correspondesse ao clima político e social da Regênciaque respondesse à coexistência de distintas alternativas de futuro e diferentes interpretações do passado.

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