NARRATIVA E MEMÓRIA LIBERAL NO REINADO DE D.MIGUEL I (1828-1834) As Memórias históricas de Joaquim da Silva Maia e o Processo Político de Jerônimo de Vasconcelos na Resistência ao Absolutismo em Portugal

NARRATIVA E MEMÓRIA LIBERAL NO REINADO DE D.MIGUEL I (1828-1834) As Memórias históricas de Joaquim da Silva Maia e o Processo Político de Jerônimo de Vasconcelos na Resistência ao Absolutismo em Portugal

Abstract:

O reinado de D. Miguel I (1828-1834) visava restaurar uma sociedade de Antigo Regime dentro do modelo absolutista. Alguns autores destacam que durante seu reinado muitas prisões foram realizadas contra os que se opuseram à política vigente. Tendo em vista a repressão deste governo contra os liberais, estes últimos discordavam da suspensão da Constituição outorgada, em 1826 e reivindicavam o trono português em favor de D. Pedro IV e sua filha D. Maria II. Dessa maneira, foi iniciada na cidade do Porto, em maio de 1828, a Revolução de motivação liberal cuja finalidade era a de reestabelecer o constitucionalismo no país. Nesse movimento de resistência, vários dos regimentos de militares e demais setores da sociedade se envolveram na luta contrapolítica absolutista de D. Miguel I. Joaquim José da Silva Maia escreveu a partir de suas experiências na revolução, as “Memórias históricas, políticas e filosóficas da Revolução do Porto, em 1828” a fim de defender os constitucionais, por meio do registro de sua vivência, se dedicando também em descrever a difícil travessia dos emigrados, depois de contida a Revolução. Foi também por conta deste evento que Jerônimo de Vasconcelos foi preso, processado e acusado de crime político contra o rei por aceitar emprego na Junta “Rebelde” do Porto, onde aparece acusado de liderar as tropas ligeiras na cidade de Coimbra. Nossa investigação se centra não apenas no episódio do Porto, de 1828, mas especialmente na investigação documental apresentada, considerando a narrativa liberal e o processo político, na resistência ao absolutismo de D. Miguel.

Last updated on 08/08/2017