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2013
BRAVOS BOTOCUDO: INDÍGENAS BRAVIOS DO VALE DO RIO DOCE E BELMONTE
HELENA AZEVEDO PAULO DE ALMEIDA. 2013. “BRAVOS BOTOCUDO: INDÍGENAS BRAVIOS DO VALE DO RIO DOCE E BELMONTE.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-81.Abstract

O presente trabalho tem por objetivo estudar as políticas adotadas pelos colonizadores
em relação às populações indígenas das Minas Gerais setecentistas, bem como as estratégias de resistência e adaptação que elas forjaram. As estruturas sociais indígenas se modificaram intensamente no decorrer do século XVIII, sofrendo, porém, alterações cruciais em decorrência da política pombalina, implementada a partir da década de 1750. Com o intuito de traçar as linhas gerais da política indigenista nas Minas setecentistas, foi avaliada a documentação do Arquivo Histórico Ultramarino. Através da transcrição de tais fontes, a
respeito das populações indígenas de Minas Gerais, foi possível recuperar aspectos decisivos do contato entre diferentes sociedades nativas e o universo colonial. É nosso propósito analisar as ações que influenciaram em uma possível construção de identidade antropofágica, sobre o indígena Botocudo, bravio que aparece constantemente na documentação, anteriormente mencionada, como os mais bravos dentre os indígenas brasileiros. A utilização do chamado “olhar antropológico” se fez necessária, tendo em vista a utilização da documentação analisada, confeccionada de forma etnocêntrica. Ainda, relatos específicos de viagens se fizeram necessário com a intenção de aproximar o homem dito civilizado do selvagem encontrado em território brasileiro. Consideramos aqui uma perspectiva antropológica, necessária ao aprofundamento de temas relativos ao gentio brasílico. A antropofagia, ainda tratada como tabu em nossa contemporaneidade, exemplifica um assunto delicado e altamente discutível entre esses indígenas. Nossa intenção não foi desvincular a identidade antropofágica sobre os Botocudo, mas problematizar sua estipulação no período da Carta Régia de 13 de maio de 1808.

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CONSERVAR E REPARAR A SAÚDE: AS LEITURAS E O OFÍCIO DE UM MÉDICO ILUSTRADO NAS MINAS COLONIAL
LUCAS SAMUEL QUADROS. 2013. “CONSERVAR E REPARAR A SAÚDE: AS LEITURAS E O OFÍCIO DE UM MÉDICO ILUSTRADO NAS MINAS COLONIAL.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-68.Abstract

O presente trabalho tem como proposição discutir as principais questões e reflexos da medicina luso-brasileira na América Portuguesa após as Reformas da Universidade de Coimbra em 1772. Para tanto, tomará como fio condutor de compreensão do complexo contexto medicinal do Brasil colonial nos fins do século XVIII, o estudo de caso da trajetória profissional e social do médico doutor Luís José de Godói Torres, formado pela sobredita universidade. Intenta-se analisar, através do estudo biográfico do Dr. Godói, o esforço do Estado lusitano em instruir e instituir uma medicina nos moldes da Ilustração nos domínios ultramarinos, explorando como realmente as práticas e leituras medicinais se davam na vastidão geográfica e nas diversidades culturais e naturais da América Portuguesa e das Minas no período.

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Discurso Político na correspondência diplomática entre Felisberto Caldeira Brant Pontes e Dom Pedro I: 1821-1823
Gabriel Conselheiro Antunes Campos. 2013. “Discurso Político na correspondência diplomática entre Felisberto Caldeira Brant Pontes e Dom Pedro I: 1821-1823.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-24. 35_gabriel_conselheiro_antunes_campos_-_discurso_politico_na_correspondencia_diplomatica_entre_felisberto0acaldeira_brant_pontes_e_dom_pedro_i.pdf
ESTÍMULO E ORIENTAÇÃO: HISTORIOGRAFIA E CIÊNCIA NO ENSAIO O BRAZIL NAHISTÓRIA (1930) DE MANOEL BOMFIM
CLAYTON JOSÉ FERREIRA. 2013. “ESTÍMULO E ORIENTAÇÃO: HISTORIOGRAFIA E CIÊNCIA NO ENSAIO O BRAZIL NAHISTÓRIA (1930) DE MANOEL BOMFIM.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-71.Abstract

O presente trabalho visa analisar o livro O Brazil na História (1930) de Manoel Bomfim (1868-1932) para compreender sua abordagem sobre aspectos do conhecimento científico no período e sua crítica e projeto historiográfico. No intuído de compreender melhor estes aspectos da ciência em seu texto procuramos apontar como estas experiências científicas foram apresentadas e compartilhadas em ensaios de outros autores contemporâneos a ele. Deste modo escolhemos os ensaios de Silvio Romero (1851-1914), Oliveira Viana (1883-1951), Luís Pereira Barreto (1840-1923), Euclides da Cunha (1866-1909), Joquim Nabuco (1849-1910) Alberto Torres (1865-1917). Sendo assim, no que tange a discussão sobre a ciência da primeira república, nosso recorte se estendeu de 1978 a 1930, respectivamente anos de publicação dos ensaios de Alberto TorresManoel Bomfim. Sobre a escrita da história nos focamos estritamente em O Brasil na História. Articulamos seu pensamento historiográfico e científico por compreender que estas seriam as bases de seu principal argumento. Este seria a necessidade de tomar consciência de que apenas a transformação do Estado poderia gerar progresso social. Para isso era necessário matizarconhecimento da prestigiosa ciência etnográfica que determinava que sociedades mestiças possuíam capacidades limitadas. Através de uma análise histórica o autor procura demonstrar como tais limites foram ultrapassados no passado. A partir desta análise e de um balanço historiográfico feito por Bomfim pudemos sistematizar seu projeto metodológico e teórico de escrita da história. Ao fim de nossa pesquisa pode-se compreender melhor como dois aspectos da sua contemporaneidade, a história e outros conhecimentos científicos, se atrelavam como possibilidades de orientação na experiência de tempo da primeira república.

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Intelectuais e mediações: a Revista Brasileira (1857-1881) e o problema dasapropriações na cultura intelectual do Brasil oitocentista
MAURO FRANCO NETO. 2013. “Intelectuais e mediações: a Revista Brasileira (1857-1881) e o problema dasapropriações na cultura intelectual do Brasil oitocentista.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-61.Abstract

A proposta dessa monografia é investigar como boa parte da intelectualidade brasileira na
segunda metade do século XIX lidou com o problema das mediações cultural e intelectual,
bem como sobre a maneira pela qual o fenômeno das apropriações atuou na configuração de uma cultura intelectual que não se privou da palavra alheia para definir sua própria imagem e também do país. Para tanto, foi tomada a Revista Brasileira, periódico que se constituiu na segunda metade do século XIX (1857-1861, 1879-1881), em um dos principais espaços de circulação de textos, tanto nacionais quanto internacionais, sobre literatura e crítica literária, economia, história, ciências naturais, artes, entre outros temas. A monografia deve ser tomada como um convite ao pensar sobre a história intelectual brasileira oitocentista, que valorize a complexidade do mencionado jogo das apropriações, e que busca colocar limites à tradicional “história das ideias” quanto à sua efetividade para explicar a cultura intelectual brasileira.

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A Irmandade Mercês dos Perdões e a formação de identidades em sodalíciosnegros: Minas Gerais, 1763 a 1810.
ANA ALVARENGA DE SOUZA. 2013. “A Irmandade Mercês dos Perdões e a formação de identidades em sodalíciosnegros: Minas Gerais, 1763 a 1810..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-45.Abstract

Os conflitos étnicos entre os escravos representam um papel importante nas explicações acerca dos conflitos e tensões no sistema escravista no Brasil colonial. De acordo com interpretações recentes também seriam responsáveis pela manutenção do sistema ao serem fomentados pelos senhores, utilizados como mecanismos de dominação. A proposta desta monografia é analisar o único conflito étnico entre escravos, registrado na documentação encontrada até aqui pelos historiadores que se ocuparam do tema, no interior de irmandades em Vila Rica nos setecentos.

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A Irmandade Mercês dos Perdões e a formação de identidades em sodalícios negros: Minas Gerais, 1763 a 1810.
ANA ALVARENGA DE SOUZA. 2013. “A Irmandade Mercês dos Perdões e a formação de identidades em sodalícios negros: Minas Gerais, 1763 a 1810..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-43.Abstract

Os conflitos étnicos entre os escravos representam um papel importante nas explicações acerca dos conflitos e tensões no sistema escravista no Brasil colonial. De acordo com interpretações recentes também seriam responsáveis pela manutenção do sistema ao serem fomentados pelos senhores, utilizados como mecanismos de dominação. A proposta desta monografia é analisar o único conflito étnico entre escravos, registrado na documentação encontrada até aqui pelos historiadores que se ocuparam do tema, no interior de irmandades
em Vila Rica nos setecentos.

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“QUE HISTÓRIA NORTE-AMERICANA CONHECEMOS? UMA ANÁLISEDOS MANUAIS DE HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS EDITADOS NOBRASIL (1960-1990)”
Lucas Sales Furtado. 2013. ““QUE HISTÓRIA NORTE-AMERICANA CONHECEMOS? UMA ANÁLISEDOS MANUAIS DE HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS EDITADOS NOBRASIL (1960-1990)”.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-91.Abstract

O trabalho objetiva-se compreender como os trabalhos dos historiadores norte-americanos, que escrevem sobre os Estados Unidos, são introduzidos dentro das universidades brasileiras e compreender também quais são os critérios de edição e tradução destas obras para o Brasil. Metodologicamente, a pesquisa está estruturada na análise de seis manuais de História dos Estados Unidos. A escolha dessas fontes deu-se pela constante utilização em programas de ensino universitário de grandes instituições de nosso país. Realizamos levantamentos na Universidade de São Paulo, na Universidade Estadual de Campinas, na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Federal de Ouro Preto. A partir desta análise pretendemos entender de que forma tais manuais foram traduzidoscomo eles foram reinterpretados em um contexto bem diferente do qual originalmente foram escritos. Ao mesmo tempo pretende-se fazer um esboço de como está estruturadahistoriografia norte-americana no mercado universitário brasileiro e, com isso, pensar o que tem sido lido nas últimas décadas na formação de professores e historiadores no que concerne à História norte-americana.

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O juízo civil ouro-pretano e a feitiçaria:Analise de caso de Pai Caetano (1791)
LARISSA FREIRE PEREIRA. 2013. “O juízo civil ouro-pretano e a feitiçaria:Analise de caso de Pai Caetano (1791).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-79.Abstract

A base dessa pesquisa é o documento chamado Devassa-Ex Ofício de Justiça, que relatacrime de feitiçaria de Pai Caetano, pertencente ao Arquivo Histórico da Casa do Pilar: Anexo do Museu da Inconfidência, Ouro Preto/MG. O objetivo deste trabalho é analisar, através de uma crítica documental, como ocorreu o julgamento pela alçada civil, para um processo de foro misto, que também poderia ser julgado no Tribunal Eclesiástico, o único processo de feitiçaria na justiça civil ouropretana. O preto Caetano da Costa, da nação angola, teve uma devassa aberta em seu nome em 1791, pois esse fazia feitiçarias mágicas e enganosas contra Religião Católica.

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O MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO: ESPAÇO DE CIÊNCIA NO BRASIL OITOCENTISTA
FELIPE DANIEL DO LAGO GODOI. 2013. “O MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO: ESPAÇO DE CIÊNCIA NO BRASIL OITOCENTISTA.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-54.Abstract

Este trabalho analisa a produção científica do Museu Nacional do Rio de Janeiro durante a década de 1870 a partir do periódico Archivos do Museu Nacional, publicado por esta instituição em 1876. Nosso intuito foi fazer um mapeamento dos artigos publicados nesta revista tentando identificar quais as influências e as correntes científicas seguidas pelos homens de ciência que trabalhavam no Museu, e de que forma eles se apropriavam deste conhecimento aplicando-os à realidade nacional.

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Um apóstolo na América: São Tomé e a crônica de Diego Durán
Rodrigo Henrique Ferreira da Silva. 2013. “Um apóstolo na América: São Tomé e a crônica de Diego Durán.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-64.Abstract

O livro Historia de las Indias y islas de la Tierra Firme, escrito pelo frade dominicano Diego Durán, no século XVI, foi redescoberto por José Fernando Ramírez, no século XIX, no clássico episódio denominado “o resgate da crônica”, o que suscitou diversas interpretações pela historiografia para com o autor e o livro, de acordo com as questões do seu contexto histórico. Desde então, foram produzidas diversas opiniões sobre o religioso e sua obra, entre
a escrita dos dois tratados na segunda metade do século XVI e as análises recentes do século XX. Uma das questões centrais da crônica do frade é o problema da origem do mito de São Tomé na América, onde em cada região do continente, a figura do apóstolo de Cristo foi
apropriada e ressignificada através da associação às divindades indígenas locais. No caso de
Durán, a ênfase é dada à região da Nova Espanha.

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