Pesquisas Monográficas

OS DESIGNATIVOS DE COR APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1824: MARIANA (1824-1850)
IARA DE OLIVEIRA MAIA. 2009. “OS DESIGNATIVOS DE COR APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1824: MARIANA (1824-1850).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-51.Abstract

O objetivo principal deste estudo consiste em analisar os contextos em que os designativos cabra, pardo, mulato e negro, que referiam a indivíduos de cor ou mestiços, aparecem no repertório dos processos criminais após a Constituição de 1824, quando foi revogada a “mancha de sangue” contra os afrodescendentes, considerando como cidadãos brasileiros todos os homens livres independente da cor. Neste sentido, tendo como fonte principal os processos crimes em Mariana entre os anos de 1824-1850, visamos discutir se tais designações foram utilizadas de forma discriminatória. O ano de 1850, quando foi proibidotráfico negreiro, foi apontado pela historiografia como marco para a associação de conotações raciais aos termos usados para a referência aos homens de cor, e surgiram discussões sobreconceito de raça, discussões estas que não fazem parte de nosso tema.

MULHERES: SER, ESTAR E PERMANECER NAS MINAS GERAIS EM UM BRASILDE IMPÉRIOS
ELOÁ REIS TEIXEIRA. 2011. “MULHERES: SER, ESTAR E PERMANECER NAS MINAS GERAIS EM UM BRASILDE IMPÉRIOS.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-36.Abstract

Pensar Minas Gerais é pensar um espaço construído e particularizado, que tem um povo com identidade cultural, sentimentos de pertencimento neste território que se consolida a partir de sua construção geopolítica delimitada e definida, concretizada no século XIX, produzida por processos sociais no decorrer dos anos. Estes processos sociais que se firmaram nas Minas Gerais proporcionaram um universo de particularidades no qualsobrevivência das mulheres transcorre sob um quadro de tensões políticas e de pressão da cultura dominante. Elas foram alvo direto de repressão – como no caso de negras de tabuleiro, prostitutas, forras, escravas e concubinas – ou tornaram-se agentes sociais que serviam ao modelo oficial: mulheres burguesas e elitizadas, esposas, mães e devotas. Nesse cenário, viveram mulheres que enfrentaram situações diversas em que se misturavam miséria, pobreza, violência, preconceitos e dificuldades. Estas mulheres foram marcadas pelos valores patriarcais e avaliadas pelos princípios da religião cristã, ficando à mercê do estigma da fragilidade e da incompetência, sendo subordinadas aos pais e maridos, tornando-se propriedade dos mesmos. Este texto pretende analisar esta lógica de funcionamento da sociedade que fundamentava-se em calar a mulher e abortar seu papel como agente histórico através do poder patriarcal definido pelo autoritarismo e transmissor da herança culturalmaterial, que juntamente com os dogmas da religião cristã ditaram as regras do ``bom comportamento`` a toda uma sociedade marcada pela hierarquização de poderes, vontadesdesejos desprovendo as mulheres de seus sonhos e de acreditarem ser capazes.

A necessidade do pecado: Pelágia de prostituta a santa.
Marina Oliveira de Furlan. 2008. “A necessidade do pecado: Pelágia de prostituta a santa..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-60.Abstract

Monografia de Bacharelado que tem por objeto de estudos a VidaPelágia, prostituta que viveu em Antioquia no século IV e foi considerada santa pelos cristãos do Oriente. Trata-se da análise de uma fonte típica do cristianismo oriental, apresentando entretanto, particularidades que a torna diferenciada: a prostituta, que se apresenta como um monge eunuco após sua conversão. Seu estudo possibilita um melhor entendimento de uma importante manifestação da religiosidade cristã dos primeiros séculos, o ascetismo,partir de um estudo hagiográfico.

Refúgio do difícil e do terrível: A construção da questão escravista no romance oitocentista Uncle Tom’s Cabinde Harriet Beecher Stowe
MARCELLE D.C. BRAGA. 2011. “Refúgio do difícil e do terrível: A construção da questão escravista no romance oitocentista Uncle Tom’s Cabinde Harriet Beecher Stowe.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-75.Abstract

A obra literária Uncle Tom’s Cabin (A Cabana do Pai Tomás), escrita por Harriet Beecher Stowe, é uma das publicações mais vendidas nos  Estados Unidos, desde 1851, lançado como folhetim, e mais tarde em 1852, como um livro. Neste estudo, avaliamos aaproximação do problema da escravidão apresentado no livro. Neste sentido, avaliamos as representações das relações entre negros e brancos. Nós nos concentramos em sua visão sobre os relatos dos negros na história do livro. Finalmente, pretendeu- se compreender o estilo, esquemas de narrativa, e do momento histórico discutido no texto.
Nós compreendemos que a representação dos negros, escravos no contexto da história,foi feita por meio do diálogo direto com a representação dos brancos. Naquelas linhas, uma concepção de  bem e mal foi fundamental para definir personagens. Os resultados da pesquisa apontam para posições e reivindicações da autora em relação à escravidão. Assim, podemos concluir que H. B. Stowe se apresentou no livro como favorável à abolição imediata da escravatura, justificadas por seus princípios religiosos e humanitários, e até mesmo em sua interpretação da Declaração da Independência dos EUA.

ARREMATANTES DE OBRAS PÚBLICAS: OFICIALATO MECÂNICO NACIDADE DE MARIANA (1745 – 1800)
DANIELLE DE FÁTIMA EUGÊNIO. 2010. “ARREMATANTES DE OBRAS PÚBLICAS: OFICIALATO MECÂNICO NACIDADE DE MARIANA (1745 – 1800).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-55.Abstract

O objetivo desse estudo consiste em abordar o tema do oficialato mecânico na Cidade de Mariana durante o século XVIII, visando a compreensão de mecanismos de inserção e ascensão social utilizados por oficiais que compuseram uma camada privilegiada. Para tanto, escolhemos os oficiais que se destacaram pelo maior número de arrematações realizadas junto ao Senado da Câmara. Buscamos descrever, através de registros materiais encontrados em inventáriostestamentos, características tais como sua condição econômica, a realização de outras atividades paralelas ao exercício do ofício, a participação em agremiações leigas e o uso da mão-de-obra escrava.

O consumo de louças estrangeiras e produção artesanal de louça vidrada emVila Rica (1808-1822)
Tatiana Costa da Sena. 2007. “O consumo de louças estrangeiras e produção artesanal de louça vidrada emVila Rica (1808-1822).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-100.Abstract

Esta monografia de Bacharelado em História tem como principal objetivo investigar a trajetória da fábrica de Cerâmica Saramenha, existente nas Minas oitocentistas. A fábrica de Cerâmica destinada a produzir artigos domésticos e de higiene para uso cotidiano, ficou conhecida na historiografia como fábrica de Cerâmica Saramenha por ter sido instalada na região de mesmo nome. Pretendemos verificar também, através de inventários post-mortem, o consumo de louças estrangeiras, relacionando–as com a louça vidrada produzida em Saramenha. Para a referida analise utilizamos documentos escritos e vestígios arqueológicos coletados em unidades domésticas da região. O que nos encaminhou para uma investigação da sociedade sob o olhar da cultura material. Assim empregamos referenciais teóricos tanto da Arqueologia Histórica quanto da Historiografia.

Rafael Silva. 2010. “O Mundo Islâmico: do surgimento da religião a política dos Califas no século VII,”.Abstract

Monografia de Bacharelado em História Medieval que analisa a política islâmica nos primeiros anos de sua instituição, desde o começo de sua missão profética até o início da política dos Califas, que vai compreender entre 622 d.C que é a data de fundação do calendário muçulmano até o início das dinastias no império muçulmano. Sob a ótica de Ibn Khaldûn e a luz do Corão, vemos um mundo no qual a religião possibilita uma união na sociedade, causando um impulso expansionista no novo Estado árabe muçulmano. Juntamente com isso temos as formulações que o governante tem que se basear para se legitimar na função de Califa, com a utilização de títulos e cooptando a elite para as bases de seu governo.

“PASSAGEIRO CLANDESTINO”: A PRESENÇA DO PASSADO COMO FORMA DECONHECIMENTO HISTÓRICO
LUARA GALVÃO DE FRANÇA. 2010. ““PASSAGEIRO CLANDESTINO”: A PRESENÇA DO PASSADO COMO FORMA DECONHECIMENTO HISTÓRICO.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-63.Abstract

Este trabalho pretende explorar a presença do passado como forma de conhecimento histórico. Visando o debate atual nas humanidades acerca da presença do passado o trabalho contará com as obras de Hans Ulrich Gumbrecht, Umberto Eco, Gianni Vattimo, Frank Ankersmit, Ewa Domanska, Michael Bentley e Rik Peters. O trabalho será formado por uma discussão sobre a predominância da hermenêutica e interpretação como única forma de experiência do mundo, uma possibilidade de desnaturalização da visão hermenêutica, e apontamentos para uma possível historiografia de presença. A intenção de superar o paradigma sujeito/objeto como única forma de se pensar nossa relação com as coisas do mundo não significa uma cruzada pelo fim da metafísica, tal superação apontaria para uma conciliação entre significado/interpretação e presença/material. Sendo assim, este trabalho se divide empartes, contando com uma introdução, a necessidade de impor limites à metafísica, uma resenha sobre os novos argumentos presentes no debate sobre a presença, um olhar mais aprofundado na obra de H. U. Gumbrecht no que diz respeito à presença do passado,finalmente considerações gerais sobre a possibilidade, e a necessidade, de uma historiografia de presença.

PRÁTICAS E ATORES NO ESPAÇO URBANO: UMA ANÁLISE PAUTADA PELODIÁLOGO ENTRE HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA
FABIANA RODRIGUES DE SOUZA. 2010. “PRÁTICAS E ATORES NO ESPAÇO URBANO: UMA ANÁLISE PAUTADA PELODIÁLOGO ENTRE HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-55.Abstract

Esta monografia apresenta e discute as relações entre antropologia e história no estudoespaço urbano. A partir da análise comparativa de ambos os campos, procurou-se detectar pontos de tensão e de convergência, mantendo-se em vista as especificidades de cada disciplina. A apresentação e a discussão dos tópicos pertinentes foram concebidas como uma contribuição para o entendimento do processo pelo qual um possível consenso científicoconstruído e solidificado dentro do campo das ciências sociais. Esse diálogo, em particular,faz importante porque analisa a cidade como um espaço de sociabilidade, no qual os sujeitos são recuperados em suas práticas cotidianas, abrindo um novo campo de estudo historiográfico.

INTENTIO OPERIS: ESCRITA E ORALIDADE EM CARTAS DE MULHERES DE MINAS GERAIS, 1870-1890
LUIZ CARLOS TEIXEIRA. 2011. “INTENTIO OPERIS: ESCRITA E ORALIDADE EM CARTAS DE MULHERES DE MINAS GERAIS, 1870-1890.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-112.Abstract

Esta monografia disserta sobre a prática da escrita de cartas pessoais entre mulheres de Minas Gerais na segunda metade do século XIX. Pretende-se analisar os aspectos composicionais do registro escrito e suas operações textuais elementares, através de metodologias paleográficas, diplomáticas e pragmático-linguísticas. Intenta-se com isso alcançar a horizontalidade do gênero textual, identificar marcas de elaboração, aspectos composicionais, dêiticos sociais, ilocutórios, espaço/temporais, circunstanciais e discursivos, com o intuito de apreendercolocar em discussão como as mulheres escreviam suas cartas no final daquele século.

A educação para as mulheres durante a transição do século XIX para o XX como resultado do aburguesamento da sociedade.
Juliana Rímoli Oliveira. 2008. “A educação para as mulheres durante a transição do século XIX para o XX como resultado do aburguesamento da sociedade..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-60.Abstract

Data do século XIX a primeira lei de ensino no Brasil que estendia o direito à educação pública aos cidadãos brasileiros. Educação que serviria, em suma, para formar cidadãos para a República nascente, cidadãos com moralidade e ética. Para as mulheres esse foi o primeiro passo de uma luta que até hoje não terminou. O avanço da educação feminina assim se complementa com o ideário de uma nova nação que tem suas raízes firmadas nas mudanças
ocorridas na sociedade graças a chegada da modernização. Desta forma o que se busca provar neste trabalho é o quanto o ideário republicano considerava o letramento e a instrução como quesitos importantes para a modernização de nosso país, e de que forma isso influenciou e foi influenciado pelo processo de aburguesamento da sociedade.

Pesquisas arqueológicas na Zona da Mata Mineira. A arqueologia como formação de uma identidade.
GABRIELA FREGONESI PRADO. 2008. “Pesquisas arqueológicas na Zona da Mata Mineira. A arqueologia como formação de uma identidade.,” Pp. 0-61.Abstract

Monografia de Bacharelado em História que analisa a arqueologia como ciência que se destaca nacional e regionalmente como um importante instrumento de estudo crítico de uma sociedade ao pesquisar e interpretar sua cultura material. O presente estudo refere-se à arqueologia brasileira ao focar a arqueologia da Zona da Mata mineira e utiliza como base de pesquisa os resultados obtidos até o momento pelo Projeto de Mapeamento Arqueológico e Cultural da Zona da Mata Mineira, iniciado no ano 2000 na Universidade Federal de Juiz de Fora. Através deste estudo apresentamos a possibilidade de uma arqueologia como ferramenta de construção de uma identidade nacional e ou local, no caso da Zona da Mata Mineira.

“PASSAGEIRO CLANDESTINO”: A PRESENÇA DO PASSADO COMO FORMA DECONHECIMENTO HISTÓRICO
LUARA GALVÃO DE FRANÇA. 2010. ““PASSAGEIRO CLANDESTINO”: A PRESENÇA DO PASSADO COMO FORMA DECONHECIMENTO HISTÓRICO.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-63.Abstract

Este trabalho pretende explorar a presença do passado como forma de conhecimento histórico. Visando o debate atual nas humanidades acerca da presença do passado o trabalho contará com as obras de Hans Ulrich Gumbrecht, Umberto Eco, Gianni Vattimo, Frank Ankersmit, Ewa Domanska, Michael Bentley e Rik Peters. O trabalho será formado por uma discussão sobre a predominância da hermenêutica e interpretação como única forma de experiência do mundo, uma possibilidade de desnaturalização da visão hermenêutica, e apontamentos para uma possível historiografia de presença. A intenção de superar o paradigma sujeito/objeto como única forma de se pensar nossa relação com as coisas do mundo não significa uma cruzada pelo fim da metafísica, tal superação apontaria para uma conciliação entre significado/interpretação e presença/material. Sendo assim, este trabalho se divide empartes, contando com uma introdução, a necessidade de impor limites à metafísica, uma resenha sobre os novos argumentos presentes no debate sobre a presença, um olhar mais aprofundado na obra de H. U. Gumbrecht no que diz respeito à presença do passado,finalmente considerações gerais sobre a possibilidade, e a necessidade, de uma historiografia de presença.

A Irmandade Mercês dos Perdões e a formação de identidades em sodalíciosnegros: Minas Gerais, 1763 a 1810.
ANA ALVARENGA DE SOUZA. 2013. “A Irmandade Mercês dos Perdões e a formação de identidades em sodalíciosnegros: Minas Gerais, 1763 a 1810..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-45.Abstract

Os conflitos étnicos entre os escravos representam um papel importante nas explicações acerca dos conflitos e tensões no sistema escravista no Brasil colonial. De acordo com interpretações recentes também seriam responsáveis pela manutenção do sistema ao serem fomentados pelos senhores, utilizados como mecanismos de dominação. A proposta desta monografia é analisar o único conflito étnico entre escravos, registrado na documentação encontrada até aqui pelos historiadores que se ocuparam do tema, no interior de irmandades em Vila Rica nos setecentos.

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