Pesquisas Monográficas

Effigie Eximius: Apresentação e teatralidade no retrato de Dom Frei Manoel da Cruz
Suianni Cordeiro Macedo. 2005. “Effigie Eximius: Apresentação e teatralidade no retrato de Dom Frei Manoel da Cruz.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-111.Abstract
A grande distinção do bispo dentro da sociedade colonial revela-se pela festa realizada por motivo de sua chegada e perpetua-se no retrato executado para representá-lo. O retrato de Dom Frei Manoel da Cruz revela-se um elemento importante e em vários aspectos singular para encontrar os anseios e expectativas da sociedade mineira setecentista. Além disso, enquanto parte significativa da história colonial brasileira, indicia o desenvolvimento da arte do retrato e seu envolvimento com o Barroco europeu. O intuito deste trabalho é, alem de perceber o papel e os significados que o retrato assume, buscar as funções atribuídas às imagens de autoridades na sociedade colonial. O retrato torna-se capaz de multiplicar e ampliar o personagem. A autoridade “presentifica-se” em múltiplos espaços e seu poder consolida-se e convence o espectador.
 
As Relações entre o Império do Brasil e a República do Paraguai no Contexto do Pós-Guerra (1870-1875)
THIAGO RABELO SALES. 2005. “As Relações entre o Império do Brasil e a República do Paraguai no Contexto do Pós-Guerra (1870-1875).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-62.Abstract
Monografia de Bacharelado em História das Relações Internacionais que analisa as ações do Ministério de Negócios Exteriores do Império brasileiro antes, durante e depois da Guerra da Tríplice Aliança. Além disso, falaremos sobre as diversas opiniões acerca dos motivos que levaram brasileiros, argentinosuruguaios a empunharem as armas numa luta contra o governo paraguaio.
 
MEMÓRIA DA ARTE:MESTRE JUCA E A REINVENÇÃO DA CANTARIA
DEISE SIMÕES RODRIGUES. 2006. “MEMÓRIA DA ARTE:MESTRE JUCA E A REINVENÇÃO DA CANTARIA.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-70.Abstract
O presente trabalho trata da aplicação da metodologia de história oral no registro do processo da reinvenção da cantaria em Ouro Preto. Através dos relatos temáticos e de história de vida do mestre Juca pretende-se discutir, principalmente, a função do espaço urbano como o depositário da memória da técnica (Maurice Halbwachs), o que pode ter permitido ao artesão reinventarofício a partir de sua intensa experiência com os  monumentos urbanos preservados.
 
SENHORES NEGROS: UM BREVE ESTUDO SOBRE LIBERTOS DONOS DE ESCRAVOS EM MARIANA DE 1750 A 1760
Guilherme Cabral Nóbrega. 2006. “SENHORES NEGROS: UM BREVE ESTUDO SOBRE LIBERTOS DONOS DE ESCRAVOS EM MARIANA DE 1750 A 1760.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-62.Abstract
O presente trabalho aborda primeiramente o desenvolvimento do debate historiográfico a respeito da escravidão, para contextualização do mesmo, mostrando que atualmente não se pretende estudar a escravidão como um sistema ou um todo, mas sim em suas particularidades e curiosidades. Logo em seguida, traça-se um panorama geral da evolução do escravismo na África, para se mostrar que esse fenômeno já estava presente na
mentalidade do negro africano, e que, ao chegar ao Brasil, de certa forma não estavam vivenciando uma situação tão nova. Finalmente, abordaremos o escravismo mineiro focalizando a relação entre libertos que se tornaram senhores e sua relação com seus escravos, analisando principalmente a relação entre parentesco, religiosidade e
quantidade de manumissões. 
COLINA - OPOSIÇÃO ARMADA E MEMÓRIAS DO REGIMEMILITAR EM BELO HORIZONTE (1967-1969)
ISABEL CRISTINA LEITE. 2006. “COLINA - OPOSIÇÃO ARMADA E MEMÓRIAS DO REGIMEMILITAR EM BELO HORIZONTE (1967-1969).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-136.Abstract
A presente monografia de Bacharelado em História Política do Brasil analisaluta armada como uma proposta política no combate à ditadura militar (1964-1985). Num estudo de caso, apresento o grupo COLINA - Comandos de Libertação Nacional e suas propostas revolucionárias. Para o grupo, oriundo da POLOP (Política Operária), limitar-se às discussões teóricas não era suficiente, o que era necessário naquele momento seria mais ousadia para chamar a atenção da sociedade para o engodo que representava o regime militar. Apesar de sua breve atuaçao, o COLINA foi uma das organizações pioneiras em assumir seus assaltos como atitudes políticas e soube dosar militarismo com discussões teóricas não conseguindo, assim, total desvencilhamento da tradição da POLOP. A história oralusada como metodologia de apoio para que, através dos depoimentos, possamos conhecer de perto os “protagonistas anônimos” desta história.
 
EXCLUSÃO SOCIAL ONTEM E HOJE. Conjuntura ou estratégia de poder.
MARCELO RAIMUNDO ASSUNÇÃO. 2006. “EXCLUSÃO SOCIAL ONTEM E HOJE. Conjuntura ou estratégia de poder..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-45.Abstract
Exclusão social é um termo que, a partir dos anos 90 do século XX, passou a ser constantemente citado para pontuar desigualdades sociais no âmbito internacional, regional, municipal. Hoje, índices de exclusão a partir de indicadores estabelecidos são cada vez mais comuns e servem para comparar populações. O poder público, também tem nesta ferramenta, uma fonte de informação para o estabelecimento de políticas apropriadas de gestão. Os índices de exclusão calculados no Brasil, independente do foco - regional, municipal ou setores' de um município - têm mostrado ilhas de desenvolvimento cercado por
área de exclusão. Neste trabalho, foi determinado o índice de Desenvolvimento Renda e Educação do município sede de Mariana, usando com base o Mapa da Exclusão Social em Mariana de Junho 2003. O resultado não foi diferente do padrão do Brasil. Uma análise histórica com foco no período de formação das
Minas (1696 a 1789), região onde Mariana está inserida, mostra que exclusão social estava presente, e se mantêm, resultado de ações, omissões e permissões de uma ordem econômica centralizadora de renda.
ÍNDIOS E ROCEIROS: DESTRIBALIZAÇÃO INDÍGENA E A CONQUISTA DA MATA MINEIRA (1770-1830)
RICARDO BATISTA DE OLIVEIRA. 2006. “ÍNDIOS E ROCEIROS: DESTRIBALIZAÇÃO INDÍGENA E A CONQUISTA DA MATA MINEIRA (1770-1830).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-96.Abstract
Nosso objetivo é investigar o processo de destribalização e redução dos indígenas que habitavam a Mata mineira e, deste modo, verificar a importância desse processo para com a conquista e formação da sociedade nessa área, dando atenção especial à região do Arraial de São João Batista do Presídio, entre 1770 e 1830. Estudaremos dessa maneira, as várias estruturas destribalizantes envolvidas nesse processo, as formas de resistência indígena e a posterior integração do índio na sociedade colonial.
 
MULHERES SOLTEIRAS CHEFES DE DOMICÍLIO: MARIANA C.1807-Cl 822
ROMILDA OLIVEIRA ALVES. 2006. “MULHERES SOLTEIRAS CHEFES DE DOMICÍLIO: MARIANA C.1807-Cl 822.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-113.Abstract
Esta monografia visa expor algumas informações referentes aos resultados alcançados pela pesquisa “Mulheres solteiras chefes de domicílio em Mariana: c.1807- c.1822”. A idéia foi estabelecer elos e comparações com os estudos desenvolvidos por Donald Ramos sobre “A mulher e a família em Vila Rica do Ouro Preto: 1754 - 1838”, no qual o autor quantificou e analisou os domicílios chefiados por mulheres na área urbana e rural. Neste sentido, dirigimos nosso foco de atenção ao fenômeno da ilegitimidade, como também
às similaridades e diferenças da estrutura e organização dos domicílios pertencentes às regiões de “expansão agrícola” - Termo de Mariana - e área urbana de Mariana. Enquadrando-se no âmbito da demografia histórica, esta pesquisa se insere nos atuais estudos das relações de gênero que, aliadas à história da mulher associam-se ao campo da história social da família. 
NA CALADA DA NOITE; Aspectos oníricos e aspectos subversivos da vida noturna na sociedade colonial mineira.
Thales Carneiro de Alencar. 2006. “NA CALADA DA NOITE; Aspectos oníricos e aspectos subversivos da vida noturna na sociedade colonial mineira..” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-122.Abstract
Este trabalho busca a compreensão do modo como a noite na sociedade colonial de Minas Gerais era pensada e vivida. Tentaremos entender o modo como na capitania de Minas Gerais os indivíduos se apropriavam das “representações” de longuíssimas durações, construindo novas mentalidades baseadas em experiências cotidianas. Tais mentalidades variavam entre dois pólos ao mesmo tempo dicotômico e complementar. Por um lado, o pólo da noite onírica, onde o mundo dos sonhos e do sono poderia promover momentos de aproximação e sedimentação em relações sociais fluidas. Por outro lado, o pólo da noite subversiva, onde a calada da noite poderia dissimular uma série de práticas subversivas, algumas delas de natureza explícita, outras de natureza implícita.
 
A "REVOLUÇÃO" DE 1842
VALÉRIA CRISTINA RODRIGUES DE SOUZA. 2006. “A "REVOLUÇÃO" DE 1842.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-80.Abstract
O presente texto visa discorrer sobre o tema do movimento de 1842 em Minas Gerais, proporcionando um maior entendimento das idéias que integravam o jogo político de meados do século XIX. Busca também perceber a mudança no conceito de revolução naquele contexto, crucial para entender a mobilização discursiva dos legalistas paia dar fim ao movimento.
 
Acervo Documental em Ouro Preto: O Acesso à Informação Arquivística como Elemento Constitutivo da Cidadania
ADILSON MARQUES DUTRA. 2007. “Acervo Documental em Ouro Preto: O Acesso à Informação Arquivística como Elemento Constitutivo da Cidadania.” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-109.Abstract
Este trabalho de Monografia tem por objetivo compreender a relação existente entre um arquivo público municipal e o exercício da cidadania. Através da metodologia de estudo de caso, investigamos como o acesso à informação em um arquivo municipal pode contribuir para o exercício da cidadania. Nossa pesquisa trata da importância da preservação de acervos arquivísticos municipais, para promover o desenvolvimento humano e a prática efetiva da cidadania. Tivemos acesso aos textos relacionados com nosso tema, de autores da área da Arquivística e da Ciência da Informação, e aos dados apurados em pesquisa realizada no Arquivo Público Municipal de Ouro Preto. Concluímos que o Arquivo tem contribuído pouco para o exercício da cidadania, talvez porque a comunidade não perceba o valor dos arquivos como testemunho das instituições públicas e privadas.
 
O EMANAR DAS MINAS: A ATUAÇÃO DA CÂMARA NO PROVIMENTO DA ÁGUA EM MARIANA (1740-1760)
DENISE MARIA RIBEIRO TEDESCHI. 2007. “O EMANAR DAS MINAS: A ATUAÇÃO DA CÂMARA NO PROVIMENTO DA ÁGUA EM MARIANA (1740-1760).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-144.Abstract
Os chafarizes públicos constituíam uma das formas de adução da água em meados do século XVIII em Minas Gerais. Nosso objetivo central neste trabalho é entender como esta obra pública setecentista, financiada pelo Senado da Câmara, ao oferecer um bem público essencial – a água – à população, esteve presente no cotidiano urbano mineiro. Nesta perspectiva analisamos, particularmente, a cidade de Mariana, centro religioso da Capitania. Elucidamos a atuação do Senado da Câmara de Mariana no provimento da água entre 1740-1760, quando se iniciaram as construções dos primeiros chafarizes. Como parte integrante da estrutura física urbana mineira, os chafarizes transformaram-se em espaços de intenso convívio social. Dessa forma, buscamos compreender as práticas administrativas e culturais que envolveram a presença desta obra pública no espaço urbano de Mariana. Com intuito de compreender como a água era concebida, manipulada e utilizada, no contexto mineiro setecentista, foram analisados os contratos de obras da Câmara de Mariana, os procedimentos políticos administrativos e construtivos, os preceitos de organização e constituição do espaço urbano, os editais, posturas e as recomendações
do Conselho Ultramarino. 
RELIGIÃO, GÊNERO E CIDADANIA:15 ANOS DE HISTÓRIA DA PASTORAL DA CRIANÇAEM MARIANA, MG (1988-2003)
DIEGO OMAR DA SILVEIRA. 2007. “RELIGIÃO, GÊNERO E CIDADANIA:15 ANOS DE HISTÓRIA DA PASTORAL DA CRIANÇAEM MARIANA, MG (1988-2003).” Instituto de Ciências Humanas e Sociais/UFOP, Pp. 0-69.Abstract

Monografia de bacharelado em História que apresenta um estudo sobre os 15 anos (1988- 2003) da Pastoral da Criança em Mariana, MG. Este movimento dos leigos articulados na base foi um dos precursores do trabalho social da Igreja Católica no município sob uma nova orientação, não mais marcada por um viés fortemente assistencialista, mas por uma postura de crítica, conscientização e ação frente à precariedade social que caracteriza   cotidiano de uma parcela considerável da população local. A Pastoral da Criança foi implantada na Arquidiocese já no primeiro ano do episcopado de dom Luciano Mendes de Almeida (1988-2006), período que, ao que tudo indica, corresponde (local e nacionalmente)
a um momento histórico favorável à afirmação dos “direitos dos cidadãos”, proclamados na constituição de 1988 e, em especial dos menores carentes, como sugere o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Nossa análise busca identificar as articulações que se foram tecendo no trabalho desses leigos marianenses – mulheres, mães e pobres, em sua
maioria – entre religião, gênero e cidadania. 

 

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